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Construir Sistema de NAS com OpenMediaVault 0.5.48 e Hardware Específico
Introdução
Uma unidade de NAS (Network Attached Storage) é um dispositivo ligado a uma rede, cuja função é a de armazenar e partilhar ficheiros. Distingue-se de um disco externo, pelo facto de ser um servidor, logo com Hardware e Sistema Operativo dedicados e com a possibilidade de implementar diversas tecnologias tais como RAID, servidor Multimédia, backups automáticos, controlo de permissões a utilizadores, servidor de FTP, etc..
As unidades de NAS podem ser adquiridas no mercado por valores a partir de cerca de 100,00 euros (sem discos incluídos) conforme se exemplifica no artigo disponível aqui, ou podem ser construídas de raiz utilizando hardware de computador e um Sistema Operativo específico, o qual poderá ou não ser gratuito.
Como atualmente alguns utilizadores possuem hardware obsoleto que está “arrumado” sem utilização, é uma boa oportunidade para construção de uma Unidade de NAS que poderá servir para teste ou mesmo para utilização.
Índice
Parte 1 – Criação do Servidor
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1 – Hardware e Sistema Operativo Utilizados
1.1 – Hardware
Como em qualquer sistema, quanto mais elevados forem os requisitos de Hardware, maior será o desempenho da Unidade. Um processador com frequência de 2 GHz e 512 MB de RAM são suficientes para implementar o NAS que vamos desenvolver.
Em relação à placa gráfica esta só será utilizada para conferir a instalação do Sistema Operativo, não sendo necessária para gerir o Sistema, pois a gestão é efetuada em consola, à qual se acede através de um computador ligado à Rede. Por conseguinte, a placa gráfica não necessita de grandes requisitos.
No que concerne aos Discos, necessitamos de pelo menos dois. Um para instalar o Sistema Operativo e outro para armazenamento de ficheiros. No presente caso vamos utilizar 1 Disco SATA de 2,5″ para o Sistema Operativo e dois Discos IDE para armazenamento de dados
O Hardware que utilizámos para realizar este trabalho, é constituído pelos seguintes componentes:
- CPU – Pentium IV 3,2 GHz, socket 478 Fsb 800 MHz;
- Motherboard – Asrock P4i65G FSB 800 MHz, com SATA-I (1,5 Gbps). Permite boot através de pen USB. A Motherboard não permite RAID (veja a nota final);
- RAM – 2 GB DDR-400 Dual Channel;
- Placa Gráfica – OnBoard (serve qualquer placa gráfica por muito fraca que seja);
- Placa de Rede – TP-Link TG3269 Gigabit;
- Fonte de Alimentação – Nox AT-500P12P (500W);
- Disco Primário (Sistema Operativo) Fujitsu MHV2160BT Sata II 200 GB de 2,5″.
- Discos de Dados (RAID-1) – 2 Discos Western Digital IDE 320 GB (discos para armazenamento em RAID-1);
- Sistema montado numa Caixa Zalman Z11;
- Necessita de um monitor e de um teclado apenas para a fase de instalação do Sistema Operativo;
Notas:
- Se vai utilizar um Sistema em RAID, não se preocupe se a Motherboard o permite ou não. O OpenMediaVault possui um Sistema próprio de RAID pelo que é indiferente se a Motherboard o permite ou não.
- A quantidade de memória RAM deverá de ser o máximo possível. Quando mais RAM existir no sistema, melhor o desempenho;
- Neste teste foi utilizado um disco de 200 GB para o Sistema Operativo porque era o que estava disponível. Para instalação do Sistema Operativo são necessários 2 GB. Convém ter espaço adicional para instalar outros suplementos (plugins, por exemplo) e atualizações ao Sistema. Um disco de 30 GB será suficiente. Se for um SSD, melhorará a velocidade de arranque do sistema.
- Não é possível instalar o Sistema Operativo numa Pen USB. O Sistema Operativo tem de ser instalado num Disco ou em SSD (IDE ou SATA)
- Se a motherboard não tiver rede Gigabit onboard, é aconselhável instalar uma placa de Rede Gigabit pois irá melhorar substancialmente a velocidade de transferência de dados.
A figura abaixo mostra o Hardware utilizado neste teste.
1.2 – Sistema Operativo
Existem diversos sistemas operativos gratuitos para a implementação de uma Unidade de NAS, como por exemplo:
- OpenMediaVault – http://www.openmediavault.org;
- FreeNas – http://www.freenas.org;
- Nas4Free – http://www.nas4free.org;
- OpenFiler – http://www.openfiler.com;
No presente caso vamos utilizar o OpenMediaVault, que vai permitir a partilha / acesso de sistemas baseados em Windows, Linux e MAC-OS.
2 – Download do OpenMediaVault
Iniciamos a criação do servidor com a montagem do hardware e instalação do Sistema Operativo. Em relação ao Hardware terá de analisar se a Motherboard permite o boot através de uma pen USB ou se através de DVD e se o Processador é de 32 bits ou de 64 bits.
Como é óbvio terá de ligar o Hardware à Rede, ligando uma extremidade do cabo de rede à Placa de Rede e a outra ao Router.
Após ter todo o hardware devidamente ligado, efetue o Download do OpenMediaVault em:
http://sourceforge.net/projects/openmediavault/files/0.5.48/
- Se o seu Sistema de Hardware é de 32 Bits, selecione o ficheiro openmediavault_0.5.48_i386.iso
- Se o seu Sistema de Hardware é de 64 Bits, selecione o ficheiro openmediavault_0.5.48_amd64.iso
No presente caso, sendo o Pentium IV um processador de 32 bits, vamos efetuar o Download dos ficheiros da versão para 32 bits.
2.1 – Criar CD / DVD para Instalar Sistema Operativo
O ficheiro para criação de um CD / DVD para instalação do Sistema Operativo para um Disco Rígido, denomina-seopenmediavault_0.5.48_i386.iso, ou seja, é uma imagem de um CD.
Para gravar a imagem para um CD / DVD (pode ser um CD pois tem 264 MB) necessita de software para gravação de um CD / DVD a partir de uma imagem.
Para o efeito existe diversos software gratuito disponível. Vamos utilizar o CDBurnerXP, cujo Download se pode efetuar a partir do link: http://cdburnerxp.se/en/download.
A gravação é muito simples, bastando aceder ao ambiente do referido software, selecionar o ficheiro openmediavault_0.5.48_i386.iso (pressione duas vezes o botão esquerdo do rato), conferir se a Unidade de Gravação está selecionada, colocar o CD/DVD na unidade gravação e selecionar Gravar.
2.2 – Criar Pen USB de Boot para Instalar Sistema Operativo
Para criar uma Pen USB de boot, existem diversas aplicações gratuitas. Uma muito fácil de utilizar é o Rufus cujo download gratuito pode ser efetuado em: http://rufus.akeo.ie.
Esta aplicação é muito fácil de utilizar. Proceda da seguinte forma:
1º -Utilizando uma Pen USB de pelo menos 1 GB, formate-a em FAT32
2º – Execute o Rufus, neste caso a versão 1.4.9
2.1 – Certifique-se que o dispositivo foi detetado. No nosso caso vamos criar um Boot a partir de uma imagem ISO. Neste contexto, no campo “criar disco de arranque com” selecione “Imagem ISO“, conforme imagem
2.2 – Selecione a localização da imagem. Neste caso, o download foi efetuado para o Ambiente de Trabalho.
2.3 – Selecione Iniciar e OK, conforme imagem. Após estas ações, será iniciada a criação da USB Pen Disk de Boot.
2.4 – Após a USB Pen disk de Boot estar criada, aparecerá a mensagem Operação Realizada no canto inferior direito, devendo de selecionar Fechar para terminar a operação.
3 – Criar Servidor de NAS – OpenMediaVault
O Sistema Operativo que serve de base ao OpenMediaVault é o Linux Debian. No hardware que utilizámos, o Sistema Operativo demora cerca de 1 minuto e 22 segundos a arrancar. Mas numa Máquina Virtual instalada num computador com CPU de 8 Cores e 16 GB de RAM, o tempo de arranque foi de 20 segundos. O ideal é possuir um SSD para instalar o sistema operativo. Como é óbvio, quando maiores forem as definições de hardware, mais rápido será o arranque e a operação do Sistema de NAS.
3.1 -Instalar o Sistema Operativo em Disco Rígido
O disco dedicado ao Sistema Operativo não será um disco para armazenar dados, ou seja pode apenas ser utilizado para o referido fim.
Para Instalar o Sistema operativo terá de criar um dispositivo de Boot conforme o referido no ponto 2 anterior.
Após ter o dispositivo de boot preparado (CD / DVD ou USB Pen Disk com o sistema operativo gravado), coloque o suporte no dispositivo de leitura e ligue o hardware que vai dedicar ao NAS.
Necessita de instruir o sistema para arrancar pelo dispositivo de boot. Normalmente terá de selecionar uma das teclas de função, F8, F10, F11, F12 ou outra, de acordo com o manual da Motherboard. Veja no manual qual a tecla BBS ou Boot Menu, ou quando o sistema inicia, esta é assinalada no ecrã de arranque. Veja exemplos na imagem abaixo.
Caso a Motherboard não tenha o BBS / Boot Menu, entre na Bios da Motherboard (normalmente teclas Del, Esc ou F2) e no menu de Boot Settings coloque o CD ou a USB Pen Disk como primeiro dispositivo para arranque. Neste caso, após a instalação do sistema operativo, retire o CD/DVD ou USB Pen Disk da unidade e repita a operação anterior para colocar o disco como primeiro dispositivo de arranque.
Após o dispositivo de boot estar devidamente configurado como primeiro dispositivo de arranque, após reinicio do sistema a instalação do Sistema Operativo é iniciada. As caixas de diálogo que vão aparecer podem apenas ser manipuladas através do teclado, ou seja, durante a instalação do Sistema Operativo o rato está desativado.
Durante a instalação do Sistema Operativo não pode utilizar o rato para selecionar as opções. Vai ter de utilizar as teclas direcionais, a tecla Tab e a tecla Enter.
Após alguns momentos (que serão mais ou menos longos consoante o hardware que está a utilizar) vai surgir a primeira caixa de diálogo. Selecione Install e pressione a tecla Enter. Aguarde que a instalação inicie (não é imediato). Note na zona inferior a contagem decrescente para o arranque da opção selecionada.
A primeira opção refere-se à seleção da linguagem que pretende durante a instalação. Com as teclas direcionais do teclado, selecione a linguagem pretendida dê Enter. Note que não será esta a linguagem da interface.
Seguidamente vai selecionar o País em que se encontra. Selecione o País com as teclas direcionais e dê Enter.
O próximo passo é selecionar o idioma do teclado. Selecione o idioma do teclado e dê Enter.
Seguidamente entramos na fase de configurar a Rede. Primeiro vamos definir o nome que vai aparecer na Rede. Coloque um nome a seu gosto. Seguidamente prima a tecla Tab e com as teclas direcionais selecione Continuar e dê Enter.
Caso esteja numa rede com Domínio, coloque o domínio no campo que surge. Caso tenha uma rede doméstica, mantenha o nome apresentado (local) e selecione Continuar.
O próximo passo será colocar uma password para o “superutilizador” Root. Coloque uma password e selecioneContinuar.
Volte a colocar a password para confirmação e selecione Continuar.
Segue-se a definição do Fuso horário em que se encontra. Selecione o Fuso Horário e dê Enter.
Seguidamente, vamos particionar o disco onde vai instalar o Sistema Operativo. Selecione o Disco onde vai instalar o Sistema Operativo e dê Enter.
O Sistema irá criar as partições necessárias para instalar o Sistema operativo. Selecione Sim e dê Enter.
O próximo passo é configurar o Gestor de Pacotes. Destina-se a selecionar um servidor perto do Fuso horário selecionado, para eventuais updates. Confira se o País está correto e dê Enter.
Selecione o servidor pretendido ou deixe o que o sistema selecionou e dê Enter.
Caso a sua ligação de Internet utilize um proxy, coloque-o no espaço apresentado. Caso contrário deixe o espaço em branco e dê Enter.
O último passo constitui um alerta que a instalação do Sistema Operativo terminou. Retire o CD/DVD ou USP Pen Disk, selecione Continuar e dê Enter.
E pronto! Como pode ver foi muito fácil instalar o OpenMediaVault
Após o Sistema reiniciar, vai aparecer o seguinte ecrã:
Antes de aceder à consola de Administração, passe ao ponto seguinte (3.2).
3.2 – Atribuir IP Fixo ao Servidor
Conforme vimos anteriormente, o Sistema atribuiu o IP 192.168.175.10 ao NAS. Mas é de primordial importância atribuir um IP Fixo à Unidade de NAS, pois caso contrário o sistema não vai funcionar corretamente, como vamos demonstrar.
Analisemos o IP que o Router atribuiu ao NAS – 192.168.175.10 – e vejamos a seguinte sequência:
- Imaginemos que vamos ativar o FTP no NAS. Para tal, necessitaremos de abrir a Porta 21 do Router para que o tráfego possa passar;
- Para abrir a porta no Router, é necessário referir para que IP essa porta vai ser aberta. Se colocarmos o IP 192.168.175.10, enquanto o NAS estiver ligado o FTP vai funcionar, pois o Router não muda o IP;
- Imaginemos agora que desligamos o NAS e vamos ligar outro dispositivo à Rede. Existe uma forte probabilidade de o IP anterior ser atribuído a esse dispositivo;
- Continuando no campo das hipóteses prováveis, imaginemos que ligamos novamente o NAS. O Router vai atribuir-lhe outro IP, por exemplo 192.168.175.8;
- Tentemos agora transferir ficheiros através do FTP. Logicamente que vai dar erro, pois a porta não está aberta para o último IP atribuído ao NAS, mas sim para o anterior (192.168.175.10).
Daí a importância de “dizer ao Router” que determinado endereço IP é dedicado a determinado equipamento, para que ele não o atribua a outro.
Antes de definirmos o endereço IP para a Unidade de NAS, vamos enquadrar o contexto tecendo algumas considerações sobre o modo como os equipamentos são identificados numa rede
- Os dispositivos são identificados numa Rede através de dois endereços – Mac Address e IP Address:
- MAC Address (Media Access Control Address) – O MAC Address é um endereço físico que está associado a um determinado dispositivo de Rede É composto por 6 conjuntos de dois números em hexadecimal (número de 0 a 9 e letras de A a F). Este endereço é único, não existindo (teoricamente) dois iguais. Caso existam dois MAC Address iguais na mesma rede, entrarão em conflito. O MAC Address está gravado num determinado chip de cada dispositivo. Se por qualquer motivo o referido chip se corromper e o MAC Address ficar indisponível, não será possível ligar o dispositivo à Rede.
- IP Address (Internet Protocol Address) – O Endereço IP é um endereço lógico que é atribuído a determinado MAC Address sempre que se liga a uma determinada Rede. Enquanto que o MAC identifica o dispositivo perante o DHCP, o endereço IP vai identificar o dispositivo na Rede. Igualmente o endereço IP é único, não existindo duplicações (na mesma Rede). O endereço IP é atribuído por um servidor DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol), o qual normalmente está embutido no Router. O IP pode ser Fixo (o mesmo endereço para determinado MAC) ou dinâmico (determinado MAC pode receber um endereço diferente em cada vez que se liga à Rede).
Pudemos assim concluir que para atribuirmos um endereço IP fixo à Unidade de NAS, necessitamos de saber qual o endereço de MAC da Placa de Rede da Motherboard, seja a referida Placa Onboard ou não. Normalmente se a Placa de Rede é Onboard existe uma etiqueta algures na Motherboard que indica o referido MAC. Se a Placa é offboard (acoplada num slot PCI ou PCI-Express), o endereço MAC está indicado na Caixa ou numa etiqueta da própria placa.
A forma mais fácil de obter o Endereço MAC é entrar na consola de administração do Router. No nosso caso trata-se do Router TP-Link TL-WDR3600. Se o seu Router é diferente, procure o menu de DHCP. Neste caso, no Menu DHCP existe um submenu DHCP Clients List, que indica quais os dispositivos que estão ligados (neste momento) na Rede, indicando o Nome, Mac Address., endereço IP e se o IP é fixo ou não.
Na figura anterior podemos constar que o dispositivo com o Endereço IP 192.168.175.10 é o número 4, cujo MAC Address é 08-5D-60-F6-7F-02, logo é este o Mac Address do NAS que foi criado.
Vamos voltar ao cerne da questão que é a atribuição de um endereço fixo à Unidade de NAS, ou seja, na realidade atribuir um endereço de IP Fixo à placa de Rede ligada na Motherboard (seja em placa, seja onboard).
Vamos atribuir à Unidade de Nas que criámos, o endereço IP 192.168.175.11
Entre na consola de administração do Router e procure o local onde se encontra Lan Setup, ou Local Network, ou DHCP, por exemplo e siga os passos da Figura seguinte.
Provavelmente necessita de reiniciar o Router. Caso seja necessário reinicie o Router.
Após o Router ter reiniciado, necessita de reiniciar o NAS. Poderia desligar o NAS no botão de Power da Caixa, mas esta ação ainda não foi configurada.
Assim, vai necessitar de reiniciar o Sistema, através da consola em linha de comandos. Vamos colocar no login “root” e na password a que foi definida no ponto anterior.
Seguidamente escreva reboot e dê Enter. A unidade vai reiniciar.
Como pode constatar, após reiniciar a Unidade assumiu o IP anteriormente definido no Router.
3.3 – Consolas de Gestão e de Administração
Vamos aproveitar esta última alínea para definir alguns conceitos.
1 – Unidade de NAS é o conjunto de Hardware com o Sistema Operativo OpenMediaVault. Por conseguinte, quando nos referirmos à “Unidade de NAS” estamos a referir o conjunto descrito.
2 – Existem duas consolas na Unidade de NAS:
2.1 – Consola de Gestão do Sistema Operativo
Para aceder à Consola do Sistema Operativo, terá de ter um teclado e um monitor ligados à Unidade de NAS. Não é possível utilizar o Rato. As ações são escritas em linha de comando, como exemplificámos anteriormente quando reiniciámos o sistema.
A máxima em sistemas é “não sabe… não mexa!” e é aplicável às operações que eventualmente efetue nesta consola. Provavelmente nunca irá utilizar esta consola, pois todas as configurações são efetuadas na consola via browser (que se detalha um pouco no ponto seguinte – 2.2)
O Linux é um Sistema Operativo fantástico mas, na minha opinião, tem um grande problema que é encontrar fontes fidedignas para resolver problemas que surjam.
Por conseguinte, após ter o sistema bem configurado e funcional, “não mexa” nesta consola, apenas porque “leu num fórum” que se instalar a funcionalidade “XPTO” (comando sudo apt-get …) vai acrescentar uma funcionalidade qualquer que acha “fixe”.
A partir deste momento, pode desligar os periféricos (rato, teclado, monitor) pois não vão ser necessários.
Mas pergunta: Como vou saber se a Unidade arrancou ou vai desligar-se?
O OpenMediaVault emite “beeps” quando inicia e quando desliga. É conveniente que tenha um “Beep / Speaker” ligado à Motherboard para se aperceber dos sons referidos. Ouça os sons respetivos, selecionando os links seguintes.
Arranque do Sistema Completo – Pode Aceder ao NAS ou à Consola
Os referidos Speackers têm normalmente o seguinte aspeto e são ligados diretamente na motherboard.
2.2 – Consola de Administração da Unidade de NAS
A Consola de Administração da Unidade de NAS é acessível através de um computador ligado à Rede (na mesma rede onde está ligado o NAS). Enquanto que na Consola anterior pode efetuar ações através de linha de comandos (e para tal terá de ter conhecimentos consolidados para tal), na consola de Administração da Unidade efetua as configurações necessárias numa interface gráfica e será onde vai efetuar todas as configurações necessárias para que a Unidade de NAS cumpra a sua função.
A Consola de Administração do OpenMediaVault será abordada na Parte 2.
3.5 – Ligar e Desligar a unidade de NAS
Como já concluiu, a Unidade de Nas é um Computador com um sistema operativo dedicado e específico. Como tal, necessita de Ligar e Encerrar (não pode cortar a corrente)
a) Para Ligar a Unidade de NAS basta ligar o hardware no botão Ligar/Desligar. O sistemas procederá às operações de arranque. O arranque será tanto mais rápido quando maiores forem as definições de Hardware.
b) Para Encerrar a unidade de NAS, pode utilizar o mesmo botão. A unidade efetuará as operações de encerramento e desligará automaticamente a corrente. Mas primeiro terá de configurar a opção no OpenMediaVault.
Parte 2 – Configurar a Unidade de NAS
Após o OpenMediaVault estar convenientemente instalado, todas as operações de configuração que sejam necessárias de efetuar serão efetuadas através de Consola em Browser, a qual poderá ser acedida em qualquer computador ligado à Rede. Daí a menção anterior referente à inutilidade do teclado e do monitor ligados à Unidade de NAS.
Uma pequena nota sobre a Consola no Browser. Se surgir a mensagem da figura:
O pessoal vê “software failure” e pode pensar que existe um problema com o sistema, mas tal não é correto. Se a consola estiver sem atividade (não está a “mexer-lhe” / configurar) durante 5 minutos, a sessão é terminada automaticamente. Basta passar selecionar qualquer área do browser com o botão esquerdo do rato, que é mostrado o acesso para o início de sessão (login e password)
Continuando com a explicação, o OpenMediaVault tem imensas opções que permitem o acesso através de diversos sistemas Operativos e de necessidades de particulares e Empresas. Como o objetivo do presente artigo é proporcionar um primeiro contacto com o OpenMediaVault, vamos utilizar funcionalidades que a maior parte dos utilizadores comuns necessitam.
Neste contexto vamos estabelecer os seguintes objetivos genéricos para este trabalho:
- Efetuar as configurações necessárias para a correta ligação à Rede;
- Colocar 2 Discos em RAID-1, para backup automático dos ficheiros;
- Criar pastas;
- Configurar a Partilha na Rede em ambiente Windows e Linux;
- Definir utilizadores com diversas permissões;
- Configurar acesso por FTP;
- Configurar Cliente FTP;
- Configurar um Servidor de Média (MiniDlna);
- Configurar um Servidor de Cloud (Own Cloud);
- Sugerir hardware para montar uma Unidade de NAS
Nota: Não vamos analisar sequencialmente cada item da consola de administração. Vamos criar uma sequência de configuração, que na minha opinião é a mais correta.
1 – Aceder à Consola de Administração e Configurações Gerais
Anteriormente atribuímos um IP fixo à unidade de NAS. Vamos utilizar o referido endereço para aceder à consola de administração num computador. Na barra de endereços do Browser digite o endereço que definiu anteriormente. No nosso caso é o 192.168.175.11;
Após inserir o referido endereço IP pressione a tecla Enter e terá de selecionar a linguagem da interface, colocar o UserName (Nome de Utilizador) e Passowrd (Senha de Acesso).
1º – Selecione a Linguagem da Interface
2º – UserName: admin
3º – Passowrd: openmediavault
1.1 – Conta do Administrador
A primeira ação a desenvolver, é alterar a password de Administração.
Selecione Definições Gerais / Senha de Administração Web e coloque uma password.
Seguidamente selecione Save.
1.2 – Data e Hora
Numa Rede a data e a hora devem de estar sincronizadas. Se um Host (qualquer equipamento cliente ligado à Rede – PC, Impressora, etc., denomina-se de Host) tiver uma data e hora diferentes dos equipamentos ligados à Rede, poderá ocasionar conflitos como por exemplo, falhas no acesso.
Neste contexto, todos os equipamentos ligados à Rede (Servidores, Clientes, etc.) devem de estar sincronizados com um “Servidor de Horas” ou NTP (Network Time Protocol).
No meu caso, utilizo o servidor da Hora Legal em Portugal tendo todos os equipamentos sincronizados para o respetivo servidor NTP.
A entidade responsável pela Hora Legal em Portugal é o Observatório Astronómico de Lisboa da Universidade de Lisboa. De acordo com a referida Entidade, o endereço do servidor NTP é: ntp02.oal.ul.pt ou ntp04.oal.ul.pt.
Vamos sincronizar o NAS com o ntp02.oal.ul.pt selecionando Sistema / Data & Hora. Proceda como o indicado na imagem.
Relembro que todos os equipamentos na Rede devem de estar sincronizados com o mesmo servidor NTP.
Nota: Grande parte das configurações que efetua requerem que efetue um Save (4 na Figura) e um Aplicar (5 na Figura).Caso não selecione o item Aplicar, a configuração não será assumida.
1.3 – Atualizar o OpenMediaVault
Alterámos a Password de administração, o que nos permite uma melhor segurança no acesso. Seguidamente sincronizámos o NAS com um servidor de horas, que permite consolidar as transmissão na rede.
Considero importante que nesta fase se façam atualizações / Update (caso existam) do OpenMediaVault. A operação é muito fácil bastando selecionar Sistema / Gestor de Atualizações.
No caso presente caso existem duas atualizações. Selecione as atualizações e Instalar. Siga os passos na Figura.
Nota: Os Updates estarão terminados quando aparecer a palavra “Feito” ( 5 na Figura) na janela de instalação. É exigido o Reload (7 da Figura) para “limpar a página. Até que a instalação esteja terminada, não deve de sair desta área.
1.4 – Atualizar Plugins
Outra ação que considero que deve de ser efetuada nesta fase é atualizar os Plugins. Aceda ao endereço:
http://omv-extras.org/simple/index.php?id=how-to-install-omv-extras-plugin
Efetue o download do ficheiro para atualizar / adicionar Plugins. No presente caso o ficheiro foi guardado no ambiente de trabalho do computador onde está a ser executada a consola.
Na consola do OpenMediaVault, instale o ficheiro. Siga a Figura.
1.5 – Instalar Plugins
Vamos instalar os plugins que necessitamos. De acordo com os objetivos que estabelecemos anteriormente, necessitamos de um servidor de média e de um servidor de cloud.
Os plugins instalados, aparecerão na área Serviços. Como poderemos constatar não ainda possuímos nenhum dos servidores anteriormente referidos
Vamos iniciar esta fase, instalando em primeiro lugar os plugins extra descarregados anteriormente. Siga a Figura.
Pode constatar que o plugin está corretamente instalado. Se aceder ao separador plugins verá que tem um “visto” (1 na figura). Como este ficheiro é um pacote de diversos plugins não foi acrescentado nos Serviços, mas apareceu no Sistema (2 na figura).
Nota: antes de passar à fase seguinte, selecione o botão Verificar, pois algumas vezes os plugins que vieram no pacote, não aparecem.
Vamos instalar o Servidor de Média MiniDlna (que veio no pacote anteriormente referido) e o servidor de cloud o owncloud (que vem incluído no OpenMediaVault).
Selecione openmediavualt-minidlna 0.5.9 e openmediavault-owncloud 0.5.8 marcando as respetivas caixas. Seguidamente selecione Instalar.
Os plugins instalados apareceram em Serviços.
1.6 – Certificados
Um Certificado Digital serve para efetuar ligações seguras entre redes. O OpenMediaVault emite certificados que vão ser úteis para ligações FTP e HTTPS, no nosso caso. No quadro para preenchimento de dados não coloque acentuação nas palavras.
Após concluir as ações referidas, o OpenMediaVault criou um certificado digital.
1.7 – Ligação Segura
Nesta fase, vamos estabelecer uma ligação segura (https) para acesso à consola de Administração do OpenMediaVault. A primeira ação que necessitamos de executar é abrir a porta 443 no Router para o IP 192.168.175.11
O objetivo da ligação segura é encriptar os dados.
No Router que estamos a utilizar, a abertura da porta é efetuada da seguinte forma:
Após abrir a porta referida, vamos configurar a ligação segura. Aceda a Sistema / Definições Gerais / Administração Web. Siga a Figura.
Selecione o “refrescamento” do browser.
Ignore o alerta. Este acontece porque o Sistema (neste caso o Chrome) não nos reconhece como uma entidade que pode gerar Certificados. Ignore a situação e selecione Prosseguir.
Nota: um certificado SSL pode ser obtido de duas formas: comprado a uma entidade com certificação CA ou gerado por uma aplicação (como é o caso). O certificado gerado é auto-assinado e não é considerado fidedigno por algumas entidades / aplicações.
O facto de o certificado ser considerado não fidedigno, não impede o seu funcionamento, ou seja, as ligações continuam encriptadas.
Se selecionar o cadeado, pode confirmar que a ligação está encriptada.
Após ter selecionado Prosseguir, coloque o nome de Utilizador (admin) e palavra passe para aceder à consola.
1.8 – Configurar Botão Desligar
Vamos instruir o OpenMediaVault para desligar o sistema quando pressionamos o botão de power. Aceda a Sistema /Gestão de Energia / Definições. Siga a figura.
A partir deste momento, pode desligar o NAS pressionando o botão de power.
1.9 – Ligar / Desligar / Reiniciar o NAS
Para concluirmos esta primeira parte relativa a configurações genéricas do NAS, vamos analisar como Ligar / Desligar / Reiniciar a unidade de NAS.
No canto superior direito ao lado da seleção de linguagem, encontra-se um ícone que dá acesso ao referido.
- Terminar Sessão – termina a sessão do Utilizador corrente. A unidade de NAS continua a funcionar;
- Reiniciar – reinicia a unidade de NAS;
- Desligar – encerra a unidade de NAS e desliga o hardware. Pode desligar a Unidade de NAS pressionando o botão de power, após ter efetuado a configuração anteriormente referida (1.8);
- Para Ligar a Unidade de NAS pressione o botão de power.
2 – Criar Utilizadores e Grupo
Vamos definir um cenário que vai permitir seguir a sequência de criação de Utilizadores, Grupos e Partilhas.
Imaginemos que o proprietário de uma unidade de NAS pretende efetuar uma partilha com três amigos, aos quais permite ver o conteúdo da unidade e executar ficheiros vedando-lhes permissões para escrever no NAS.
Em relação ao OpenMediaVault, “escrever” significa efetuar upload de ficheiros ou apagar os mesmos. Neste contexto, se um Utilizador estiver impedido de “escrever ficheiros” está na realidade impedido de efetuar qualquer uma das operações referidas anteriormente.
Em resumo, vamos criar os seguintes utilizadores:
- Proprietário da Unidade de NAS que vai partilhar ficheiros com os restantes:
- Username: jjrcrispim
- Password: 1234
- Pode alterar a password de utilizador
- Utilizadores que vão aceder à partilha:
- Username: amsantos, fjpmatos e jmsousa
- Password: 12345
- Não podem alterar a password de utilizador
2.1 – Criar Utilizadores
Comecemos com a criação do Utilizador proprietário do NAS. Para já não interessa quais as permissões que vai ter, pois serão definidas posteriormente. Siga a Figura.
Nota: O facto de o Utilizador criado ser do grupo “Adm” não implica que tenha privilégios de Administração na consola. O único Utilizador com privilégios de Administração na Consola é o Utilizador adm definido pelo sistema. Ao deixardesmarcada a caixa Modificar Conta, o Utilizador pode alterar a respetiva password.
Vamos criar os restantes 3 utilizadores. Vamos exemplificar com o Utilizador amsantos, devendo de criar os restantes da mesma forma.
Selecione novamente Utilizador / Adicionar / Adicionar, como fez anteriormente. Siga a Figura.
Ao selecionar “Não permitir que o Utilizador modifique a sua conta“, o Utilizador não pode modificar a password da conta.
Não se esqueça de Salvar e Aplicar.
Após ter criado todos os utilizadores terá uma listagem dos mesmos no local de criação. Poderá Editar para proceder a alterações ou Apagar o Utilizador que selecionar.
2.2 – Criar Grupo e Agrupar Utilizadores
No presente caso, vamos criar apenas um Grupo denominando-o de Amigos.
A criação do grupo é similar ao efetuado anteriormente. Siga os passos da imagem abaixo.
Se regressar à listagem de utilizadores, verá que foi acrescentado o grupo a cada um deles
3 – Formatar Discos, Criar Pasta, Partilha e Permissões
Esta fase refere-se à Formatação de discos para posteriormente criarmos pastas para cada um dos utilizadores e consequente partilha.
Comece por selecionar o separador Armazenamento / Discos Físicos, para confirmar que o sistema reconheceu os Discos.
Em Linux os disco são identificados com as letras SD (Scsi Device – embora nem todos os discos serem SCSI) seguido da letra que se inicia em “A”, a qual identifica o primeiro disco que o sistema detetou.
No presente caso o disco que tem o Sistema operativo é o sdc (Fujitsu MHV2160B). Este disco é exclusivamente dedicado a todas as tarefas do Sistema Operativo, incluindo aplicações extra que sejam instaladas. Uma vez que o Sistema Operativo ocupa cerca de 2 GB, é conveniente que o disco tenha uma boa margem para poder instalar, por exemplo, plugins. O ideal será adquirir um SSD. Como atualmente um SSD de 60 GB custa cerca de 50 euros e um de 120 GB custa mais 17,00 Euros (67,00 euros), opte por um ou por outro consoante as suas possibilidades.
Os discos sda e sdb, serão os discos para armazenamento de ficheiros. No presente caso são dois discos da mesma marca e com a mesma capacidade com tecnologia IDE (ultrapassada). O ideal serão discos SATA-III, mas para tal necessitará de uma motherboard que permita a referida tecnologia.
3.1 – Ligar SMART
O SMART (Self-Monitoring, Analysis, and Reporting Technology), é um sistema que monitoriza dispositivos de armazenamento de dados (Discos Rígidos, SSD) detetando e antecipando falhas nos referidos. Com o SMART ligado, o sistema irá antecipar falhas e avisar o utilizador.
Neste contexto, reveste-se de alguma utilidade ativar esta funcionalidade no NAS. Para ligar o SMART, siga a Figura.
Após o Sistema assumir a configuração efetuada, poderá ver o resumo em Armazenamento / SMART / Dispositivo.
Como pode constatar os discos estão “saudáveis” (Coluna Monitor verde em cada disco) e as temperaturas estão num valor aceitável.
3.2 – Criar Sistema de Armazenamento – RAID neste caso
Nota: não é obrigatório criar um Sistema de RAID. Caso não pretenda criar um sistema de RAID passe ao ponto seguinte (3.3)
O OpenMediaVault aceita os seguintes Sistemas de Armazenamento dos quais se faz uma explicação sintética:
- Raid 0 Linear – Necessita de 2 Discos – “Junta” os dois discos numa única partição.
- Raid 0 Stripe – Necessita de 2 Discos – Idêntico ao anterior pois o sistema “junta” os dois discos e divide os dados em segmentos (stripes). Os dados são escritos sequencialmente num disco ou no outro. Tem comoVantagem de tornar a Leitura / Escrita mais rápida. O Inconveniente é se um disco avariar perde Todos os dados, não existindo hipótese de recuperação.
- Raid 1 Mirror (Espelho) – Necessita pelo menos 2 discos – Um disco torna-se um “espelho” do outro ou seja, o que é escrito num disco é exatamente escrito no outro. O Sistema vai mostrar um único disco. Tem comoInconveniente ser mais lento que o anterior. A grande Vantagem, é se um disco avariar os dados estão íntegros no outro, ou seja, são totalmente recuperáveis. É um bom sistema para Backup de dados.
- Raid 5 – Necessita de 3 ou mais Discos – Idêntico ao RAID 4 em que um dos discos guarda a paridade. Caso um dos discos avarie a paridade é utilizada para reconstituir o conteúdo. No caso do RAID 5, a paridade é distribuída por todos os discos oferecendo maior desempenho a maior tolerância a falhas.
- Raid 6 – Semelhante ao anterior usando o dobro dos bits de paridade.
- Raid 10 – Necessita pelo menos de 4 discos – usa quatro discos rígidos para criar uma combinação de níveis de RAID 0 e 1 formando uma matriz RAID-0 de duas RAID-1 redundantes.
Resumo de RAID
No presente caso, definimos como objetivo que iríamos utilizar o Sistema de Armazenamento RAID-1, pois permite ter um segundo disco que constitui um Backup de Dados. O Sistema mostrará apenas um único disco, como vamos verificar. Para configurar o pretendido, siga a Figura.
Conforme pode constatar, o sistema criou um Sistema Raid-1, em que um disco está visível e outro está oculto. O disco oculto é uma cópia exata do visível.
3.3 – Criar Sistema de Ficheiros e Formatar Discos
Informámos o Sistema como pretendíamos utilizar os Discos. O próximo passo será criar o Sistema de Ficheiros, ou seja, a forma como os dados vão ser organizados. Ao interpretar o Sistema de Ficheiros de um determinado disco, o sistema operativo sabe como descodificar os dados armazenados e lê-los ou gravá-los.
No presente caso vamos utilizar o Sistema de Ficheiros EXT4. Siga a Figura
3.4 – Montar o Disco
Para terminar a gestão do disco, resta Montar o Disco. Aceda a Armazenamento / File Systems e selecione o disco criado anteriormente. Siga a Figura.
A partir deste momento o Disco para armazenamento de ficheiros está funcional. Relembramos que na realidade são “os Discos” pois existem dois. Todas as operações foram efetuadas nos dois discos em simultâneo.
3.5 – Criação de Pastas e Permissões
Temos o Disco (ou os discos) funcional mas neste momento não está a cumprir a missão para que foi criado. Ou seja, não é possível enviar / partilhar ficheiros.
Poderíamos partilhar totalmente o disco e ficaríamos com a questão resolvida mas, não é conveniente proceder desta forma, pois existem ficheiros e pastas do sistema que não é conveniente partilhar.
A criação de pastas é a melhor solução para este caso. Para “complicar” um pouco esta questão, vamos criar as seguintes pastas com as seguintes permissões:
- Pasta JoseCrispim
- Permissão do Utilizador – Ler e Escrever
- Restantes Utilizadores – Sem acesso
- Pasta AntonioSantos
- Permissão do Utilizador – Ler e Escrever
- Permissão do Utilizador Crispim – Ler e Escrever
- Restantes Utilizadores – Sem acesso
- Pasta FernandoMatos
- Permissão do Utilizador – Ler e Escrever
- Permissão do Utilizador Crispim – Ler e Escrever
- Restantes Utilizadores – Sem acesso
- Pasta JoseSousa
- Permissão do Utilizador – Ler e Escrever
- Permissão do Utilizador Crispim – Ler e Escrever
- Restantes Utilizadores – Sem acesso
- Pasta PartilhaGeral
- Partilha total para todos os utilizadores
Em síntese, vamos criar uma pasta para cada utilizador em que apenas o próprio acede ao seu conteúdo e uma pasta de Partilha Geral onde os utilizadores podem colocar ficheiros para partilhar com os restantes. O “proprietário” do NAS vai ter acesso a todas as pastas (de todos os utilizadores).
Nota: O nome das pastas não deve conter espaços ou acentuação.
Vamos iniciar o trabalho com a criação da pasta JoseCrispim. Siga a Figura.
Necessitamos ainda de configurar os Privilégios e o ACL (Access Control Lists). Coloque os mesmos paramentos em Privilégios e ACL.
No caso do utilizador JoseCrispim será ACL será o da figura seguinte.
E os Privilégios serão:
Seguidamente vamos criar o utilizador AntonioSantos. Neste caso, o Utilizador e o Administrador vão ter acesso à Pasta, mas os outros utilizadores não. Siga a sequência da Figura anterior alterando os paramentos necessários para obter o seguinte resultado
As configurações de Privilégios e ACL serão as seguintes
Crie as restantes pastas (FernandoMatos e JoseSousa), conforme explicado anteriormente. Não se esqueça que as permissões são
e que tem de configurar o os Privilégios e o ACL conforme o utilizador
Seguidamente crie a pasta PartilhaGeral com as permissões Todos: lêem / escrevem.
As configurações de Privilégios e ACL são:
Após ter criado todas as pastas, a listagem de pastas partilhadas é a seguinte
3.6 – Partilhar Pastas na Rede Local
Criámos pastas mas estas não estão acessíveis. Para tal temos de efetuar Partilhas para que as pastas possam estar acessíveis através de um Rede (interna ou externa como verá).
Começamos Ativar o serviço que partilha dados para Redes em Sistemas Operativos Windows e Linux. Siga a Figura.
Caso o seu Grupo de Trabalho tenha um nome diferente, altere no campo indicado em 4 (Grupo de Trabalho). Não necessita de alterar mais nada.
Após o serviço estar ativado, vamos indicar que pastas vão aparecer na partilha.
Proceda de idêntica forma para partilhar as pastas restantes. Após ter as pastas todas partilhadas, a listagem será:
3.7 – Testar Partilha na Rede
Para terminar esta parte, vamos conferir se está tudo funcional e bem configurado.
3.6.1 – Computador com o Windows 7 ligado à Rede Local
Conferir se o Serviço SMB / CIFS está funcional – Selecione a Rede do Windows e confira se aparece o atalho para a Unidade de NAS (NasTeste).
O Dispositivo NasTeste é apresentado. Assim, o Serviço SMB / CIFS está funcional.
Vamos testar as Partilhas dos utilizadores crispim (acesso a tudo) e fjpmatos (acesso restrito).
1 – Utilizador Crispim
E o resultado foi:
Uma vez que este utilizador tem acesso a todas as pastas, a partilha está correta. Tente abrir cada uma das pastas. Se o sistema impedir a abertura de alguma, então o problema está nas permissões. Reveja as permissões ACL (ponto 3.5).
Vamos testar se o Sistema permite ler (ou executar) e escrever (copiar / cortar / eliminar). Vamos abrir a PartilhaCrispim, criar uma pasta Videos e colocar um ficheiro de vídeo na pasta. Seguidamente execute o ficheiro.
Se não existiram mensagens de erro, está tudo funcional, ou seja, o sistema permite que o utilizador “escreva” um ficheiro para o disco (e consequentemente o apague ou modifique) e o execute.
Copie a Pasta Vídeo para as restante pastas partilhadas (copiar / colar). Se o sistema não mostrou qualquer erro, concluímos que o utilizador crispim e as partilhas estão bem configuradas e operacionais.
2 – Utilizador fjpmatos
O resultado na Rede foi:
Se o utilizador tentar abrir as pastas PartilhaAntonio, Partilha Crispim ou PartilhaSousa, receberá a seguinte mensagem:
O utilizador consegue abrir as pastas PartilhaFernando e PartilhaTodos, logo a partilha está corretamente efetuada. Também consegue escrever e executar nas pastas referidas. Vamos inserir outro ficheiro com o nome fernando nas duas pastas referidas.
Se a operação referida não obteve mensagens de erro, a partilha está funcional.
3.6.2 – Computador com o Linux / Kubuntu 14.04 LTS ligado à Rede Local
Se aceder à rede através de um computador com o sistema operativo Linux, os resultados serão idênticos. Vamos aceder com o utilizador fjpmatos:
O utilizador teve acesso à sua pasta. Se efetuar o teste para a pasta PartilhaGeral o resultado será idêntico.
Se o utilizador tentar aceder a pastas de outros utilizadores, o Sistema vai solicitar os dados de acesso, ou seja, como teoricamente o utilizador não conhece os referidos dados de acesso, é impedido de aceder às pastas dos outros utilizadores.
Concluímos que a Partilha na Rede Local foi devidamente configurada e está completamente funcional
4 – Acesso por FTP
O FTP (File Transfer Protocol) é um protocolo para transferência de ficheiros. A transferência de ficheiros dá-se entre um computador chamado “cliente” (o que solicita o serviço) e um servidor (o que disponibiliza o serviço / neste caso a Unidade de NAS). O utilizador pode selecionar quais os arquivos que pretende enviar ou receber do servidor se para isso tiver permissão.
A transferência de dados pode ser efetuada através de um browser ou através de software cliente. Iremos abordar ambos os casos.
A vantagem da Unidade de NAS é permitir estabelecer permissões seguras (encriptadas), inibindo ou permitindo ações ao utilizador. As permissões que abordámos anteriormente, são válidas para o acesso por FTP.
4.1 – Abrir Portas do Router
A primeira ação a efetuar é abrir as portas do Router. Dependendo da consola de cada Router, a forma de o efetuar será idêntica à que vamos apresentar. Como já referimos anteriormente, utilizamos o Router TP-Link TL-WDR3600.
Poderá questionar se a abertura de portas no Router poderá constituir uma insegurança na Rede, mas na realidade não é assim. Como vamos abrir portas especificamente para um IP (do NAS – 192.168.175.11), apenas e só os acessos autorizados a esse IP vão ser válidos.
Necessitamos de abrir as seguintes portas:
- Porta 21 e 22- Para ligações por FTP (sem e com certificado, ou seja, não encriptado e encriptado)
- Portas 49150 a 49156 – Para utilizar o FTP Passivo – abrimos 5 portas porque estamos a utilizar 5 utilizadores. Se tiver mais utilizadores deve de abrir mais portas.
4.2 – Configurar Serviço DDNS (Dynamic DNS)
O acesso a um determinado servidor é sempre efetuado através de um endereço IP, seja de forma direta ou indireta. A forma direta é quando é colocado o endereço IP no Browser (http://253.124.3.23, por exemplo). A forma indireta é ao colocar um endereço “com palavras” no Browser. Neste caso, a ligação é direcionada para um servidor de DNS, o qual vai atribuir o endereço IP referente ao endereço digitado. Por exemplo, quando digitamos http://www.google.pt o servidor de DNS vai atribuir o endereço 173.194.41.215 o que vai permitir aceder ao respetivo servidor.
No nosso caso, temos um endereço de IP dinâmico fornecido pelo nosso ISP, que é por exemplo 217.113.129.5. Se pretendermos aceder à Unidade de NAS através de FTP, teríamos de digitar ftp://217.113.129.5/partilha, em que partilha é a pasta principal partilhada. Como o endereço muda com determinada frequência, deixaríamos de ter acesso pelo endereço anteriormente referido e necessitaríamos de saber o novo endereço, situação impossível se estivéssemos a aceder ao FTP a partir do exterior.
O servidor de DNS Dinâmico serve para “contornar” esta situação. Funciona da seguinte forma:
- O utilizador necessita de contratar o serviço de DDNS a uma entidade que o disponibilize (de forma gratuita ou não);
- É fornecido um determinado endereço de acesso;
- Quando o utilizador digita o referido endereço, este vai aceder ao servidor de DDNS;
- O servidor de DDNS “refresca” o IP de Internet do utilizador, ou seja “vai ver” se o IP de Internet mudou e reencaminha o utilizador para o endereço correto;
- O endereço referido é algo como luis_fernando.dyndns.org, em que “luis_fernando” é o nome que o utilizador definiu e “dyndns.org” o endereço do servidor de DDNS (que já foi gratuito, mas atualmente não é).
1º – Criar Conta num Servidor de DDNS e Configurar
A criação de uma conta e respetiva configuração varia consoante o servidor que disponibiliza o serviço. Existem diversos servidores de DDNS gratuitos. Neste caso vamos criar uma conta no NoIP.
Aceda a http://www.noip.com/. No canto superior direito selecione Sign In e na caixa de diálogo que abre selecioneCreate an Account.
Coloque um nome de utilizador, um endereço de e-Mail válido e uma password (3). Coloque um nome que vai dar ao domínio (não pode ter espaços nem acentuação) e o domínio gratuito (4). Neste caso, o domínio ficará nasteste.ddns.net
No final da página selecione Free Sign Up (5).
Via receber um eMail de confirmação. Selecione o link para que a conta fique ativada.
Dependendo da atividade que vai ter com o DDNS, vai receber com alguma frequência uma mensagem do Servidor referido (NoIp) com o objetivo de atualizar a conta. É necessário seguir o link que consta no respetivo e-Mail, caso contrário a conta será cancelada.
2º – Configurar o DDNS
Após ter criado um conta no servidor de DDNS, vamos direcionar o Router para a referida. No Router que estamos a utilizar, procedemos da seguinte forma:
4.3 – Configurar Serviço FTP “normal” (Não encriptado)
Recapitulando, abrimos as portas necessárias no Router e criámos um domínio para um servidor de DNS Dinâmico, para que possamos aceder ao NAS a partir de uma ligação externa, por FTP.
1º Configurações Gerais – Altere as configurações marcadas na Figura
2º – Configurar Partilha para o FTP
Seguidamente vamos definir a que pastas se pode aceder via FTP. Neste caso definimos que todas as pastas podem ser acedidas por FTP. As permissões (de utilizadores) anteriormente definidas mantêm-se. Vamos demonstrar a partilha da Pasta JoseCrispim. Relembramos que a pasta JoseCrispim pode apenas ser acedida pelo utilizador crispim e este tem acesso às pastas de todos os utilizadores. Siga a Figura.
Proceda da mesma forma para as restantes pastas. O resultado final é o que consta na listagem seguinte.
4.4 – Configurar Partilha FTP por TLS (Encriptado)
O próximo passo é configurar o acesso por FTP encriptado, ou seguro. Siga a figura
4.5 – Testar Acesso por FTP Normal
Para testar a partilha terá de aceder ao servidor FTP. Existem três formas de o fazer:
1 – Através do Browser – colocando o endereço de ftp na barra de endereços.
2 – Através do Explorador do Windows
3 – Através de Software Cliente – existe diverso software cliente FTP. Veja o nosso artigo sobre o tema, aqui.
Vamos testar a partilha como efetuámos anteriormente, utilizando os logins jjrcrispim e amsantos.
4.5.1 – Acesso FTP com o utilizador jjrcrispim
Digite, no explorador do Windows, o endereço de DDNS. no nosso caso é ftp://nasteste.ddns.net
Aceda ao FTP com o login crispim (utilizador com permissões totais).
Permissão de Acesso, Ler e Escrever em todas as pastas – se abrir cada uma das pastas verá que consegue, copiar ficheiros, apagar, efetuar download e upload.
4.5.2 – Acesso FTP com o utilizador amsantos
Aceda ao FTP utilizando o login amsantos. O utilizador tem acesso às pastas AntonioSantos e PartilhaGeral.
4.6- Testar Acesso por FTP Seguro (TLS)
Vamos testar o acesso por FTP seguro / encriptado utilizando uma aplicação cliente – o FileZilla.
Começamos por configurar o acesso. Coloque em Servidor o domínio criado no NoIp (nasteste.ddns.net), em Protocoloselecione FTP – Protocolo de Transferência de Ficheiros e em Encriptação selecione Requer FTP sobre TLS explícito.
Vamos iniciar o teste com o utilizador crispim. Selecione em Tipo de início de sessão Normal, em Utilizador escreva crispime em Palavra-passe 12345. Seguidamente selecione Ligar.
Aceite o certificado selecionando OK.
Como pode constatar, o utilizador acedeu a todas as pastas existentes no NAS. Pode transferir ficheiros do e para o NAS. Na barra azul superior está o endereço de acesso ao NAS. Uma vez que o endereço se inicia por ftpes, indica que a ligação está encriptada.
Vamos testar com o utilizador jmsousa. Relembro que o utilizador tem acesso às pastas JoseSousa e PartilhaGeral.
O utilizador tem acesso às pastas anteriormente referidas e as outras estão ocultas.
Concluímos que o acesso / partilha por FTP está devidamente configurado e funcional.
4.7- Acesso Obrigatório por FTP Seguro (TLS)
Vamos obrigar a que todos os acessos por FTP sejam feitos de modo seguro. Siga a imagem.
A partir deste momento, apenas serão permitidos acessos ao FTP em modo seguro
5 – Servidor Multimédia MiniDLNA
O OpenMediaVault tem uma funcionalidade que permite a criação de um servidor multimédia compatível com DLNA. Comecemos com o conceito de DLNA.
DLNA é um Padrão e simultaneamente uma organização. Enquanto organização, é uma associação de Empresas que estabelecem diretrizes baseadas em padrões tecnológicos já existentes. O objetivo é garantir a interoperabilidade entre equipamentos eletrónicos conectados numa rede doméstica, de modo a que estes possam trocar arquivos multimédia entre si utilizando a referida rede. Por exemplo, o utilizador pode aceder e reproduzir arquivos multimédia guardados num computador, através de uma TV, tablet, smartphone, entre outros, desde que os referidos equipamentos se encontrem conectados na mesma rede e possuam certificação DLNA.
Neste momento, o OpenMediaVault permite dois servidores multimédia. Um deles, o MiniDLNA, já foi instalado no início e está pronto a ser configurado.
5.1 – Pasta para Multimedia
Antes de instalar o servidor de multimédia referido, deverá de organizar os ficheiros de multimédia, criando uma pasta para o referido fim.
Vamos fazer como anteriormente para criar a referida pasta. Para criar a pasta Multimedia, siga a Figura.
Seguidamente vamos definir os Privilégios e o ACL.
Para que a pasta fique visível na Rede Local, vamos partilhá-la no respetivo Serviço (SMB/CIFS).
Para terminar esta fase, vamos criar 3 subpastas – Video, Imagem, Música. Para tal, aceda à sua Rede Local, abra a pasta PartilhaMultimedia e crie as pastas referidas.
Aproveite para colocar alguns ficheiros de imagem, música e Video nas respetivas pastas.
5.2 – Ligar MiniDLNA
Começamos por configurar o MiniDLNA. Siga a Figura.
Seguidamente, vamos adicionar a pasta que definimos para alojar os ficheiros Multimedia.
E está feito! Foi muito fácil colocar o servidor de média a funcionar.
5.3 – Teste do Servidor Multimédia MiniDLNA
Vamos testar o trabalho efetuado de uma forma muito simples. Se abrir a pasta referente à sua rede local (em ambiente Windows) o servidor terá de constar.
Se abrir o NasTeste Media Server, este terá de listar o conteúdo da pasta Multimedia que criou anteriormente.
Como pode constatar, os ficheiros que foram colocados na pasta Multimedia e nas subpastas respetivas, foram reconhecidos. Os ficheiros de música foram mostrados com o seu nome original, mas são os corretos.
Concluímos que o servidor de Média está funcional. Qualquer dispositivo de média compatível com DLNA, conseguirá aceder aos ficheiros.
6 – Servidor de Cloud
A “Nuvem” é uma rede de dispositivos que fornecem serviços em conjunto. A “Nuvem” é uma metáfora utilizada para designar a Internet, que mais não é do que uma rede onde correm diversos serviços. Por conseguinte, a computação em nuvem é um tipo de computação baseada na Internet (com servidores, armazenamento e aplicações) onde diferentes serviços podem ser utilizados por uma organização através da Internet.
O OpenMediaVault permite construir um servidor de “nuvem”, através do plugin OwnCloud o qual já instalámos inicialmente. O referido “servidor de nuvem” permite o acesso e transferência de ficheiros (multimédia, office, pdf, etc.) os quais podem ser sincronizados e acedidos em computadores com permissão para tal. A interface é a seguinte.
Certifique-se que tem a porta 443 aberta (trabalho efetuado no ponto 1.7). Vamos configurar o referido servidor.
6.1 – Criar Pasta para Ficheiros da Cloud
Vamos criar um pasta específica como já efetuámos anteriormente, dando permissões totais a todos os utilizadores. Siga a Figura.
6.2 – Ligar o OwnCloud
Como já pode constar anteriormente, ligar / configurar qualquer serviço do OpenMediaVault é bastante fácil. Ligar / Configurar o OwnCloud é também muito fácil. Siga a Figura.
Não vamos partilhar a pasta no separador Partilhas, porque não é necessário. Mas se pretender pode fazê-lo seguindo os exemplos anteriores. Também pode partilhar a pasta na Rede Local utilizando o serviço SMB / CIFS como efetuámos anteriormente.
A partir deste momento tem o servidor de Cloud ligado. Para aceder utilize o endereço de DDNS (Dynamic DNS) anteriormente criado seguido de owncloud – https://nasteste.ddns.net/owncloud – Tenha atenção que tem de iniciar comhttps, pois definimos no ponto 1.7 que os acessos a interface Web teriam de ser seguras (HTTPS).
6.3 – Configurar o Acesso ao Servidor Cloud
O primeiro acesso ao Servidor de Cloud via Web é efetuado com a password de Administrador. Por conseguinte, digite emUsername: admin e em Passowrd: a password que definiu para o administrador.
Sempre que um utilizador abre pela primeira vez a consola Web, é apresentada a hipótese de download de software de sincronização. Faça já o download, pois a aplicação vai ser útil no ponto que se segue (6.4).
Continuando a explorar a consola, verá que no painel lateral esquerdo tem pastas que dão acesso a ficheiros, música, etc. Por enquanto estão vazias, pois ainda nada foi enviado.
No canto superior esquerdo, tem acesso a algumas configurações. Veja, por exemplo, que pode ver que utilizadores existem registados no sistema, isto porque neste momento entrou no Sistema como Administrador. Se entrar no Sistema com outro utilizador, apenas terá disponíveis as opções Personal e Logout.
Pode definir o espaço que cada utilizador pode ter para alojar ficheiros. No mesmo painel (canto superior esquerdo) tem acesso a configurações genéricas do servidor em Admin. Deixe tudo como está e saia da consola, selecionando Logoutno menu pendente do canto superior esquerdo.
6.4 – Sincronizar Desktop ou Outros Dispositivos
Para sincronizar os ficheiros entre o seu computador e o servidor de cloud, necessita de utilizar software específico, o qual é apresentado quando abre pela primeira vez a consola Web. Pode fazer o download para Desktop em ambiente Windows / MAC e Linux, ou para dispositivos com o sistema operativo Android (smartphones, por exemplo).
Antes de executarmos a aplicação cujo download efetuámos anteriormente, vamos criar uma pasta no nosso computador para colocar os ficheiros que pretendemos disponibilizar na “nuvem”. Na minha opinião, é preferível estar numa pasta específica, mas se pretender pode sincronizar as pastas que entender.
Após ter criado a referida pasta, instale a aplicação selecionando o ficheiro ownCloud-1.6.2.3463-setup. Siga a Figura.
No Ambiente de Trabalho foi criado um atalho com o ícone “nuvem” e com o nome ownCloud. Este atalho existe também no menu iniciar. Selecione o referido atalho para dar início à sincronização com o servidor. Siga a Figura.
Para que o ownCloud inicie com o Windows e comece a sincronizar, selecione com o botão direito do rato o ícone na barra de tarefas. Siga a Figura.
6.5 – Testar Servidor Cloud
Vamos testar o Servidor de cloud com o utilizador crispim, pois foi o que colocámos nas definições anteriores. Na pasta Cloud que foi criada, colocámos 7 ficheiros – 1 imagem, 1 de música, 1 de vídeo, 1 do bloco de notas (txt) Office Word docx), 1 PDF e 1 de LibreOffice.
Vamos abrir a consola com o utilizador crispim. Relembro que anteriormente não existiam quaisquer ficheiros na “nuvem”.
Os ficheiros colocados no computador, apareceram na “nuvem”. Se selecionar “Music” ou “Pictures” o servidor vai mostrar apenas os ficheiros respetivos.
Permite ainda ler os ficheiros com extensão pdf, txt e todos os gerados pelo LibreOffice (por exemplo odt).
No presente caso apenas o utilizador referido tem acesso aos ficheiros. Estes poderão ser partilhados com outros utilizadores da Cloud. Siga a Figura.
Nota: quando seleciona o ícone Share, não tem hipóteses de selecionar um utilizador (provavelmente um erro da aplicação). Se colocar, por exemplo a letra a, serão mostrados os utilizadores que tenham essa letra no nome (como demonstra a figura). Para partilhar, basta selecionar o utilizador e o ficheiro fica de imediato partilhado. Tem ainda a hipótese de avisar o utilizador por e-Mail, conforme a figura seguinte.
7 – Hardware para construir uma Unidade de NAS
Na presente simulação utilizámos hardware antigo que possuímos para testes. Podemos construir uma unidade de NAS com hardware novo, mas, poderá questionar: “qual a vantagem, se existem unidade de NAS à venda por cerca de 100,00 Euros?”
A unidade NAS mais barata do mercado custa cerca de 100,00 Euros, sem discos. Se adquirir dois discos de 2 TB (cerca de 170,00 Euros), a Unidade de NAS terá um custo total de cerca de 270,00 Euros. Efetuámos um artigo acerca da referida, o qual está disponível aqui.
A referida tem uma Motherboard na qual estão integrados um Processador (Single Core) a 800 MHz, 128 MB de Memória RAM, um chip flash de 128 MB (onde está instalado o sistema operativo) e permite dois discos SATA-II (ou seja se colocar discos SATA-III, vão funcionar em SATA-II).
Se pensar em adquirir o hardware necessário para montar uma Unidade de NAS, gastará cerca de 220,00 Euros (excluindo o valor dos discos).
Qual a vantagem de uma e de outra?
A primeira é nitidamente mais barata, mas o utilizador ficará limitado aos padrões do Fabricante. Não pode instalar um novo sistema operativo, não pode alterar o hardware e se um componente de hardware avariar, a Unidade de NAS deixa de funcionar, a não ser que envie para o Fabricante para reparação (cujo valor será bastante superior ao valor de aquisição do produto novo).
A segunda é 100% mais cara, mas terá características de hardware muito superiores e a substituição de componentes está facilitada.
Noutro artigo apresentámos duas opções de Hardware para montar uma unidade de NAS. Como entretanto se passou cerca de um ano, vamos novamente apresentar duas hipóteses: uma com Motherboard com processador integrado e outra sem processador integrado. Os restantes componentes são iguais.
6.1 – Opção 1 – Motherboard com CPU onboard e placa gráfica onboard
Nota: os valores apresentados são de Agosto de 2014;
Características da Unidade de NAS:
- CPU Dual-Core a 1,6 GHz;
- Gráficos integrados no CPU;
- 8 ou 16 GB RAM DDR3 1600 MHz;
- Disco SSD para instalação do Sistema Operativo;
- Dois discos de 1 TB para armazenamento em RAID-1;
6.2 – Opção 2 – Motherboard + CPU Socket FM2 (placa gráfica onboard)
Nota: os valores apresentados são de Agosto de 2014;
Características da Unidade de NAS:
- CPU Dual Core a 4 GHz;
- Gráficos integrados no CPU
- 8 ou 16 GB RAM DDR3 1600 MHz em Dual Channel;
- Disco SSD para instalação do Sistema Operativo;
- Dois discos de 2 TB para armazenamento em RAID-1;
Se comparar os sistemas referidos com os que se vendem no mercado, verá que uma Unidade de NAS que custe cerca de 400,00 Euros, terá definições de hardware muito inferiores em relação às soluções apresentadas.
Conclusão
Com este teste atingimos os objetivos inicialmente definidos. Na minha perspetiva, o OpenMediaVault é um dos melhores Sistemas Operativos para construir uma unidade de NAS, muito fácil de utilizar, sem necessitar de configurações complicadas, estável e rápido, embora esta situação dependa em grande parte do Hardware onde seja instalado..
No presente trabalho abordámos as funcionalidades que o utilizador comum / doméstico tem mais probabilidades de utilizar, mas este Sistema Operativo tem muitas funcionalidades destinadas a utilizadores mais abrangentes.
Tenho seguido a evolução deste Sistema Operativo e constato que muitos dos bugs que existiam têm sido progressivamente corrigidos, o que denota que existe uma comunidade que continua a melhorá-lo.
http://wiki.openmediavault.org/index.php?title=Installation
Minimum Requirements
- i486 or amd64 platform
- 1 GiB RAM
- 2 GiB HDD/DOM/CF/USB Thumb Drive used as OpenMediaVault system drive. Flash Drives without static wear leveling are not recommended, without it they will have a very short lifetime!
- NOTE: The entire disk is used as system disk. The disk can not be used to store user data.
- 1 HDD for data storage
Info
- If you are not able to boot the 0.4 installation media, try to disable the serial port in the BIOS settings.
- OpenMediaVault does not support a data partition on the device where the operation system is installed. Therefore, please note that the whole disk device is occupied by the operation system. During the setup the device is parted into a partition used by /root and a swap partition. All existing data on drive are deleted during installation!
- Note before installing: To install OpenMediaVault without problems please disconnect all harddisks except the one used for the OpenMediaVault operation system. After installing OpenMediaVault shutdown the system. Then reconnect the drives and restart OpenMediaVault to finish configuration.
- During the installation process, configure the networking (do not choose to configure the networking later). If the networking isn’t configured at this time, you will not be able to access OpenMediaVault from your webbrowser.
- During the installation process the installer automatically checks for newer versions of the installed packages, so make sure the configured NIC has access to the internet to install the latest package versions.
Installation media
To install OpenMediaVault download the ISO image. You can burn the ISO to a CDROM or create a bootable USB stick.
To install the ISO on an USB stick use the following command:
- Warning, the dd program has the potential to cause serious data loss if you choose the wrong device. Make sure you are certain before running the command. If you aren’t, please start a thread in the forums.
sudo dd if=xxx.iso of=/dev/sdX bs=4096
- where xxx.iso is the name of the platform-specific ISO that you downloaded, and sdX is the device name of your USB drive.
For creating the USB drive in Windows, use this program: http://www.chrysocome.net/dd
or this application: http://unetbootin.sourceforge.net/
Follow the instructions on that page in order to find the proper device listing within Windows.
Login information
Once you have installed the system, these are the default access credentials.
WebGUI
- User: admin
- Password: openmediavault
Client (SSH, console)
- User: root
- Password: <set during installation>
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openmediavault_0.5.48_amd64.iso |
http://pt.sourceforge.jp/projects/sfnet_openmediavault/releases/
http://www.jose-crispim.pt/artigos/armazenamento/armaz_art/06_openmediavault.html